Minidocumental de férias da família Arcego

O importante é a família reunida! Já sabemos disso, ou ao menos já ouvimos falar. Mas, o que significa “família reunida”? 

Seria aquela tradicional foto onde todos estão “arrumados”, “ajeitados” e olhando para a câmera?

Será que é desta forma que vamos querer lembrar dos nossos momentos em família? 

E os pequenos? Eles não precisam recordar como eram, pois há registros de crianças lindas, penteadas e ajeitadas por toda a casa. O que eles vão valorizar é o conhecimento de como eram seus pais, como eram suas brincadeiras e instintivamente terão de volta uma amostra do que foi o sentimento de um dia em família. 

Um pai brincando com um filho, sorriso largo, sem preocupação com o cenário e com a situação, ou um abraço de aconchego na mãe… isso sim remeterá a consciência de que aquele foi “um grande dia”. 

Agora, acho que posso responder: família reunida é afeto! E isso só se conquista com pequenos momentos compartilhados. A memória de como foi criado este afeto é reforçada cada vez que se olha uma fotografia de família, é a explicação, principalmente às crianças, pois mostra não o “como eu era”, mas o “como eu me senti”, o que eu, meus pais, avós, tios, primos, fizemos naquele dia.

A ampla casa da vó, com um jardim que é o orgulho do vô e que um dia já abrigou pais, avó e três irmãos adolescentes agora é somente a casa dos avós, que fica à espera dos netinhos Bento e Antônio.

É verão no Rio Grande do Sul, e o calor convida a brincar na água. Pode ser no tanque da vó, que para os pequenos é novidade e é muito mais divertido que uma piscina! Ou melhor ainda, pode ser uma bacia mais uma mangueira no jardim. Espaço pra correr e pra brincar “lá fora”, platéia pra ver e estimular os desenhos e as brincadeiras, bolinhas de sabão encantadoras. Ah, também não falta colo de pais, tios e avós para aquela “manha antes do soninho”. Tudo é divertido, tudo é novidade e, sabe aquele sentimento de que desenvolvemos pelos primos, tios e avós? É aí que esse sentimento é construído. 

Daqui há alguns anos, será um privilégio para todos, mas principalmente para o Bento e o Antônio, que são crianças e provavelmente não se lembrarão destes momentos, poder olhar para as fotos e recordar como eram os momentos com seus pais, tios e avós. Cada vez que olharem, poderão lembrar, não de como eram fisicamente, mas de como foram aqueles dias, o que faziam, poderão reviver aquele sentimento, entender como o afeto foi construído.

Eu acredito no poder revelador da fotografia, aquele que mostra através de outros ângulos o que você não enxergou quando estava lá. Um detalhe, um sorriso, a troca de olhar e o carinho são momentos repletos de significados e são essas as “âncoras”que farão os pequenos reviverem o seu passado e que para os pais, trará o sentimento que as crianças estão de volta no ninho.

Eu não sei como será o mundo daqui 10 ou 20 anos, mas eu tenho certeza que a Déa e o Ale, a Leti e o Marco sentirão falta desses abraços, sorrisos e de como é simples ser feliz! Eu acredito que aqui tem mais do que fotografias, aqui tem um legado para o Bento e o Antônio: a oportunidade de se verem no contexto da família, por meio de retratos repletos de verdade e significado da sua própria história.

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